Voa a ave de uma só pena:
Não saber onde é seu lar.
Amanhã pode ser feliz, mas quanto isso vai durar?
Vai na asa do avião, pois não tem tempo a perder.
Meio mundo já examinou,
mas nunca pensa em desistir.
Porque não foi assim que seu pai lhe ensinou:
“Enquanto houver o que esperar vale a pena seguir”.
E seguiu a missão que o seu lhe confiou.
Nunca soube por que deveria insistir.
Decidiu jogar tudo pro ar, o ensinamento não profetizou
Amanhã não terá amanhã.
Resolveu suicidar.
Vai sem asa pro avião,
para não poder se arrepender,
e a esperança morria ao tirar os pés do chão.
Mas aí, ao cair, começou a tremer.
E não foi de pavor, foi tremenda emoção
de cair sem parar com suas asas
que se pudesse desatar, teria motivos para recomeçar.
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