07/07/2010

Marx paz e amor.

Marx foi um pouco de tudo. Tô quase terminando de ler o volume um do capital. E após ler uma passagem resolvi entrar no blog para postar o parágrafo que acabei de ler e dizer um pouco o que eu acho do Marx:
A produção mecanizada encontra sua forma mais desenvolvida no sistema orgânico de máquinas-ferramenta combinadas que recebem todos os seus movimentos de um autômato central e que lhes são transmitidos por meio do mecanismo de transmissão. Surge, então, em lugar da máquina isolada, um monstro mecânico que enche edifícios inteiros e cuja força demoníaca se disfarça nos movimentos ritmados quase solenes de seus membros gigantescos e irrompe no turbilhão febril de seus inumeráveis órgãos de trabalho. (O capital, volume 1, capítulo 13)




Quando as pessoas leem o capital na faculdade ou elas viram um marxista convicto, e deixam a barba crescer para provar seu marxismo. Ou acham o livro um saco e não veem qualquer valor na obra. Ainda bem que eu aprendi o valor do meio termo com amigo meu, o Ari. Não vou discorrer sobre o livro, até porque estou fazendo o meu trabalho final sobre ele e falta ainda bastante coisa, mas é claro que é um clássico. Marx demonstra sua eloquencia e sua capacidade de ser técnico e lírico ao mesmo tempo. Nesta passagem que citei acho que ficou claro o lado lúdico de Marx ao qual me refiro. Não foi uma passagem escolhida a dedo, o capital contem tantas outras de valor igual ou ainda maior. Sugiro ao não estudante de economia que quiser conhecer Marx fazer um curso online de HPE (em inglês History of Economic Thought). No youtube é possível assistir a cursos de qualquer disciplina nas maiores faculdades americanas. Tudo de graça, e você assiste a todas as aulas com qualidade muito razoavel. Enfim, só uma dica, pois há cursos em TODAS as áreas, são chamados open courses.

05/07/2010

Copa Multiracial

E Lá se vai a copa da globalização. Belíssima copa que se aproxima do final e ainda reserva grandes emoções. Quem ganhará o título ? Falemos primeiro da multiracialidade da copa. 
Meu primeiro destaque é o zagueiro sul africano Matthew Booth.    
                                                 

Outro fato que marcou a copa foi o confronto dos Boateng. Irmãos se enfretaram nesse mundial, um pela seleção de gana, outro, naturalizado, defendendo a seleção alemã.



A seleção alemã, em síntese, é a expressão pura e simples da multiracialidade. Coincidentemente, ou não, é a favorita ao título do mundial. Se vencerá ou não, saberemos em uma semana. Mas além de Boateng, da foto acima, a seleção alemã é uma sopa de culturas. O meio campo habilidoso, Özil, tem origem Turca e declara versos do alcorão antes da partida, e não canta o hino alemão. Na reserva está Cacau, brasileiro, que canta o hino alemão quando joga, mas tem o Brasil marcado na pele. Finalmente a dupla de atacantes Podolski e Klose são poloneses naturalizados alemães. Na seleção alemã não importa quem canta ou não canta o hino, quem nasceu ou não nasceu na Alemanha, todos jogam com o espírito alemão, e são por isso favoritos ao título. Como dizia um amigo meu: "quando a Alemanha joga mal é vice campeã, jogando bem sempre ganha". Não está tão longe de ser verdade creio eu...
Ainda em 2006 jornalistas perguntaram com tom de desconfiança para Klose (o atacante matador que está apenas a 1 gol de distância do maior artilheiro da história das copas do mundo - Ronaldo):

- Afinal, você é polonês ou alemão ?
Klose respondeu:
- Sou atacante.






KENAKO

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