Se

Se te contasse quantas vezes bate meu peito quando te vejo e você tentasse contar,
O número mais alto do seu vocabulário riria de sua falta de imaginação.
Se te entregasse meu coração embrulhado em um laço e te pedisse para fazer o que quiser com ele,
Só o faria de novo: se lembra quando ele rasgou meu peito e te disse que era seu antes da hora?

Se despedaçava no chão como um copo de vidro e dúvidas,
É porque a memória é preguiçosa e não lembra como era antes de você.
Se fugia, pelas ruas a morrer, enquanto a madrugada perdia nosso casal,
Só te pedia para me esperar um pouco, porque a manhã tem mais girassóis do que os fantasmas da noite.

Dia qualquer

Acorda correndo pra tomar café o dia é curto, mas dá pra fazer aquele chá.

Termina logo aquela enrolação e vem aqui me socorrer, aquele beijo atrasou.

Não importa sempre encontra-se um tempo pra tirar o nosso atraso que parece nunca vence eita conta que não caba.

E a sujeira multiplica pela sala, limpa logo essa cozinha e tira o lixo que atrapalha.

Hora de saudar o mar e no caminho vai fazendo a frase de mais uma canção.

Mastiga a fila do pão e fuma o cigarro diário na porta da academia

Larga essa rotina e vem logo pro meu peito, não te quero de outro jeito só doido como tu é.

Pinta verde esse prato e almoça enquanto janta e me ama tanto quanto o louco ama a lua cheia.