Hoje descubro que esse mundo, que por uma vida tentei compreender, está além de nosso alcance, pois mundo não é, mundos são. Tantos quanto são as vidas dos homens e mulheres que andam pra lá e pra cá, sem aspiração, até que encontrem um ao outro, e se deem por satisfeitos.
Pois o mundo, no fundo, é o conjunto das pessoas; dos casais e suas estórias. Das avós e avôs, e suas memórias. Dos filhos e filhas, e fantasias. Cada macaco no seu galho. Isso quer dizer, cada pessoa está encaixada em uma família, que, por sua vez, cabe a alguma camada social, com costumes, tradições, enfim, com alguma coerência.
Penso na mulher que apanha do marido, e busca consolo na Maria da Penha, que pena.
Mas isso é tão distante da minha realidade, minha crítica não tem contundência, não tem conteúdo, porque esse não é o meu mundo.
Meu mundo é essa escrivaninha, com livros, um laptop, cd's.
Ler Drummond e Pessoa, escutando Jobim, é o mundo que me encanta, mas é só meu mundinho.
Enquanto isso, nas ruas, a vida continua . E, lá fora, as balas continuam perdidas.
Prefiro a ciência de Science: "há fronteiras nos jardins da razão".
Se chamasse Crônica poética seria melhor apropriado.
ResponderExcluirnão acha?
Sabe o que eu achei?
Legal, cara.
Como dizia o Doutor Pangloss: "Vamos cultivar o nosso jardim." Ele não explicou que era o jardim da razão, mas nem era preciso - Voltarie era um iluminista.
ResponderExcluirMuito boa a crônica.
Abraços.
Olá amigo,
ResponderExcluirPelo que lí,creio que seu mundo não seja um mundinho à parte,seu blog por si,denuncia sua sensibilidade com o nosso cotidiano.Obrigada,pela visita e comentário,volte sempre,e fique a vontade
Boas energias
Mari
Camadas de mundos interconectadas, alguns dias pode mesmo parecer que nada faz sentido, tá aí a coisa toda do existêncialismo...
ResponderExcluirAbraços!
nada gustavo, é tudo um mundo só moço e no meio do bombardeio a gente vai buscando cultivar flor!
ResponderExcluirbeijos que abraçam você