O Longo Século XX, de Arrighi, estuda a sucessão dos quatro grandes impérios capitalistas: Itália, Holanda, Inglaterra e Estados Unidos. O fim da hegemonia americana (conceito de Gramsci) é uma questão de tempo, visto que nenhum império pôde se manter indefinidamente. Além disso, Arrighi deixa claro que o período de hegemonia de um império foi sempre inferior ao seu predecessor. Lendo livro, achei curioso que Arrighi não estimasse um ano limite para o fim da hegemonia americana, visto que a matemática para tal é simples, bastando somar o tempo de hegemonia do império inglês à data (que não pode ser determinada pontualmente mas deve estar próxima às duas guerras mundiais) que inaugura o domínio americano. Talvez o caráter histórico de seu livro tenha feito tal cálculo sem muito sentido, mas, por via das dúvidas, calculei que por volta de 2050 seria um limite à hegemonia americana. Analisando o momento atual, todavia, tal perspectiva parece demasiado otimista. Poder-se-ia especular que a hegemonia dos EUA já não existe, ou está em acelerado processo de deterioração, tendo em vista que as discussões políticas mundiais têm assumido um caráter cada vez mais multilateral, e a voz dos BRIC, por exemplo, tem cada vez mais importância. Não creio que vá existir um próximo país hegemônico, muitos acreditam que será a China. Na minha opinião a queda do império americano não será sucedida por um país, mas por um conjunto de países que tomam decisões conjuntas, haverá uma distribuição do poder mundial entre os principais países, não só os tradicionalmente mais poderosos, mais também países em emergência como os BRIC.
Obama afirmou que as relações entre EUA e Cuba poderiam melhorar se Cuba fosse um país mais democrático
Fidel Castro respondeu: "Muitas coisas vão mudar em Cuba, mas vão mudar por nosso esforço
próprio e apesar dos Estados Unidos. Talvez antes aquele império caia".
Império em Desencanto 0 x 1 Cuba Livre.
Fidel Castro usou a cabeça para marcar o gol da vitória aos 45 minutos do segundo tempo de sua vida...
30/09/2011
19/09/2011
Dia 9: Barreirinhas - Paulino Neves
(Barreirinhas - Caburé)
Descemos o Rio Preguiças de barco até Caburé, o primeiro vilarejo dos pequenos lençóis, a viagem durou cerca de 3 horas. No caminho conhecemos duas italianas e fomos conversando sobre diversas coisas no caminho, descobrimos que conhecíamos melhor o rock progressivo italiano que as duas, fato que as chocou, ficavam perguntando porque nós conhecíamos tantas bandas italianas e afirmamos que gostávamos muito de progressivo, e que os italianos eram feras no assunto, citamos as bandas Premiata Forneria Marconi , Il Balletto de Bronzo, Museo Rosembach e várias outras, das quais conheciam apenas a primeira, sem dúvida a mais famosa.
(menino curioso com minha bicicleta)
De qualquer forma foi uma viagem agradável com um visual maravilhoso. Chegamos em caburé 2 horas da tarde, preparamos os alforjes nas bicicletas e pedalamos pela praia rumo a Paulino Neves. O objetivo dessa vez era bem mais tranquilo que o primeiro, se os grandes lençóis possuem cerca de 70 km de extensão, já os pequenos lençóis tem menos de 20 km.
Entre Caburé e Paulino Neves são 26 km. Os primeiros 17 foram fáceis, contornamos os pequenos lençóis pela praia com uma média de 11 km/h, de forma que em menos de 2 horas havíamos avistado a torre que nos diziam ficar na cidade de paulino neves. Checamos no GPS e parecíamos de fato estar alinhados com a cidade, que não fica à beira do mar, mas 9 km para "dentro". Após um pouco de hesitação encontramos o caminho que nos levava à cidade, e essa foi a parte dura da viagem. Entre a praia e a cidade praticamente empurramos a bicicleta, muita areia fofa e algumas dunas, ainda passamos por alguns lagos rasos, que quase encostavam nas mochilas da bicicleta e sempre gerava alguma apreensão, embora fossem mochilas impermeáveis. Chegamos em Paulino Neves às 6:30, exaustos, famintos, mas com uma felicidade imensa de ter percorrido boa parte dos grandes lençóis e a totalidade dos pequenos lençóis. Chegando à cidade pedalamos no chão duro pela primeira vez desde que se iniciou nossa viagem, e, depois de tanta areia, foi uma das maiores alegrias da viagem! A bicicleta andava tão rápido e com tão pouco esforço, que parecia pilotar uma moto.
A palavra exaustão ganhou um novo significado nesse dia, e a doutrina budista que crê que o real prazer é sempre precedido por sacrifício começa afazer sentido.
Viajar de bicicleta é uma maravilhosa rotina de cansar e descansar. Os lençóis foram duríssimos, de agora em diante é pedalar na estrada, e deve ser mais fácil.
Muito louco, sinto calafrios por todo o corpo em função de finalmente tomar um banho e me sentar em uma cadeira. O prazer de descansar ganha novo significado que acabo de descobrir, nos termos do budismo.
Descemos o Rio Preguiças de barco até Caburé, o primeiro vilarejo dos pequenos lençóis, a viagem durou cerca de 3 horas. No caminho conhecemos duas italianas e fomos conversando sobre diversas coisas no caminho, descobrimos que conhecíamos melhor o rock progressivo italiano que as duas, fato que as chocou, ficavam perguntando porque nós conhecíamos tantas bandas italianas e afirmamos que gostávamos muito de progressivo, e que os italianos eram feras no assunto, citamos as bandas Premiata Forneria Marconi , Il Balletto de Bronzo, Museo Rosembach e várias outras, das quais conheciam apenas a primeira, sem dúvida a mais famosa.
(menino curioso com minha bicicleta)
De qualquer forma foi uma viagem agradável com um visual maravilhoso. Chegamos em caburé 2 horas da tarde, preparamos os alforjes nas bicicletas e pedalamos pela praia rumo a Paulino Neves. O objetivo dessa vez era bem mais tranquilo que o primeiro, se os grandes lençóis possuem cerca de 70 km de extensão, já os pequenos lençóis tem menos de 20 km.
Entre Caburé e Paulino Neves são 26 km. Os primeiros 17 foram fáceis, contornamos os pequenos lençóis pela praia com uma média de 11 km/h, de forma que em menos de 2 horas havíamos avistado a torre que nos diziam ficar na cidade de paulino neves. Checamos no GPS e parecíamos de fato estar alinhados com a cidade, que não fica à beira do mar, mas 9 km para "dentro". Após um pouco de hesitação encontramos o caminho que nos levava à cidade, e essa foi a parte dura da viagem. Entre a praia e a cidade praticamente empurramos a bicicleta, muita areia fofa e algumas dunas, ainda passamos por alguns lagos rasos, que quase encostavam nas mochilas da bicicleta e sempre gerava alguma apreensão, embora fossem mochilas impermeáveis. Chegamos em Paulino Neves às 6:30, exaustos, famintos, mas com uma felicidade imensa de ter percorrido boa parte dos grandes lençóis e a totalidade dos pequenos lençóis. Chegando à cidade pedalamos no chão duro pela primeira vez desde que se iniciou nossa viagem, e, depois de tanta areia, foi uma das maiores alegrias da viagem! A bicicleta andava tão rápido e com tão pouco esforço, que parecia pilotar uma moto.
A palavra exaustão ganhou um novo significado nesse dia, e a doutrina budista que crê que o real prazer é sempre precedido por sacrifício começa afazer sentido.
Viajar de bicicleta é uma maravilhosa rotina de cansar e descansar. Os lençóis foram duríssimos, de agora em diante é pedalar na estrada, e deve ser mais fácil.
Muito louco, sinto calafrios por todo o corpo em função de finalmente tomar um banho e me sentar em uma cadeira. O prazer de descansar ganha novo significado que acabo de descobrir, nos termos do budismo.
04/09/2011
Jogo de Soma Zero
Se nosso caso fosse um jogo
que somado desse zero,
sorriria com teu choro,
nunca te daria a mão.
Mas quando a gente entra em campo
não importa o resultado.
1 a 1 é goleada
E gol contra ganha placa.
Acontece que nós dois
não ligamos para vencer.
E neste jogo da vida
só queremos competir.
Não sei quanto soma
este nosso jogo,
mas nossos corpos, ao serem somados,
resultam em mais que o dobro.
que somado desse zero,
sorriria com teu choro,
nunca te daria a mão.
Mas quando a gente entra em campo
não importa o resultado.
1 a 1 é goleada
E gol contra ganha placa.
Acontece que nós dois
não ligamos para vencer.
E neste jogo da vida
só queremos competir.
Não sei quanto soma
este nosso jogo,
mas nossos corpos, ao serem somados,
resultam em mais que o dobro.
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