1) Lavamos as bicicletas
2) Levei minha bicicleta numa borracharia para o camarada me dar uma força, minha corrente já tinha quebrado tanto na viagem que a corrente ficou muito curta, e não tava trocando as marchas direito. Por 2 reais o camarada arrumou um pedaço de corrente e emendou na minha corrente, fazendo minha troca de marchas voltar ao normal.
3) Lavei minhas roupas às margens do Rio Preguiça (que amanhã desceremos de barco para dar sequência à viagem).
4) Comprar diversas coisas no mercado, compramos pincel, por exemplo, para limpar as correntes da bicicleta, comprei castanhas do pará, pilhas etc...
Enfim, foi um dia de descanso e de dar uma geral nas bikes, primeiramente, e também em nós mesmos, que não tomávamos um banho de verdade há uns bons dias.
Desde que saímos de São Luís, ou o Dia 1 da viagem, não tínhamos visto ainda um chuveiro, apenas o banho de cumbuca da casa do Adiel, nos dois dias que ficamos por lá, enfim, passamos uma semana pedalando pelas dunas, igual bichos do mato, tentando fazer fogueira, alimentando junto aos pescadores, sem banho, dormindo em redes, mas, sobretudo, crescendo e nos aproximando, ainda que de maneira fugaz, de nossa própria essência.
A foto abaixo foi tirada em barreirinhas (a bola vermelha na imagem), e ficamos parados um tempinho olhando para a foto discutindo o que havíamos feito já, e o que faríamos a seguir...
Nessa foto da pra recapitular rapidamente nossa aventura pelos lençóis.
A parte em preto foi percorrida de caminhonete.
Em amarelo foi o que pedalamos.
Em azul foi barco.
O primeiro ponto de nossa aventura nos lençóis foi primeira cruz, local que chegamos de no dia 3 de nossa viagem, já que no primeiro dia pedalamos de São Luis para São José do Ribamar e no segundo dia tomamos um Barco que levou 12 horas entre São José do Ribamar e Primeira Cruz.
No desenho também escrevi um número que corresponde a onde dormimos em cada um dos dias.
Foram duas noites na praia, duas noites na casa do Adiel, e duas noites em Barreirinhas.
O plano agora é descer o Rio preguiça de barco (em azul no desenho) e pedalar entre Caburé e Paulino Neves, ou, em outras palavras, contornar os Pequenos Lençóis.
Felipão me disse: "Ah bicho doido, os Grandes Lençóis nós não terminamos, mas os Pequenos Lençóis nós vamos contornar!!!"
Nossa ideia original, quando planejamos a viagem, era tomar um ônibus em São Luís para Barreirinhas, e a partir daí começar nosso pedal.
Durante nossos primeiros dias, em São Luís, mudamos de ideia e resolvemos tentar contornar os Grandes Lençóis totalmente, até Atins.
Todavia, como se viu ao longo dessa história, conhecemos Adiel, mudamos de caminho, e agora estamos em Barreirinhas. Se soubéssemos de antemão o tempo que seria necessário para atravessar os Grandes Lençóis não teria sido problema, pois estaríamos mais munidos de mantimentos.
Aprendemos todavia, que planejar é a arte de se surpreender a todo instante, e que, em uma viagem de bicicleta, nem sempre escolhemos o caminho que iremos percorrer, mas, muitas vezes, somos escolhidos pelo caminho...
"O caminho só existe quando você passa".
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